O Ministério da Saúde decretou na última sexta-feira (20) emergência pública em território yanomami. A região sofre com desassistência sanitária e enfrenta casos de desnutrição severa e de malária. A portaria foi publicada em edição extra do DOU (Diário Oficial da União) no mesmo dia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também criou um comitê para enfrentar a situação sanitária em território Yanomami na mesma edição do DOU. O chefe do Executivo visitou Boa Vista (RR) neste sábado (21). Durante a viagem, anunciou medidas emergenciais para enfrentar a crise sanitária na aldeia. O chefe do Executivo disse que não sabia como estava a situação da população indígena na região.
Médicos e enfermeiros da força nacional do SUS (Sistema Único de Saúde) começam a reforçar o atendimento aos indígenas a partir de segunda-feira (23). Lula afirmou também que deve retornar a Roraima em março e disse que pretende levar transporte e atendimento médico às Terras Indígenas Yanomami. Segundo o chefe do Executivo, o grupo é tratado de forma “desumana” em Roraima. “Tive acesso a umas fotos nesta semana. Efetivamente me abalaram porque a gente não pode entender como o país que tem as condições do Brasil deixar indígenas abandonados como estão aqui”, declarou Lula.
Em 21 de dezembro, a organização não governamental Survival divulgou estudos da Agência Pública e da Unicef em parceria com a Fiocruz (14 MB) sobre a crise sanitária no território Yanomani. Junto aos dados, a ONG usou na publicação fotos da organização de saúde Yanomami Urihi da população desnutrida em aldeias da região de Surucucus. A Yanomami Urihi divulgou as fotos no seu perfil no Instagram em uma publicação de 12 de dezembro de 2022. Na postagem, a organização fazia uma campanha de arrecadação para compra de medicamentos.
Veja fotos de estado de desnutrição de Yanomamis:
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Fonte/Créditos: Poder 360
Créditos (Imagem de capa): Reprodução
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