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Saturday, 19 de April de 2025
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Menino de 13 anos que teve corpo queimado após sua mãe ser vítima de feminicídio morre após 7 dias internado

Segundo o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) o filho da vítima, um menino de 13 anos, sofreu queimaduras de 3º grau e morreu na tarde desta sexta-feira (10).

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O filho de Helioene de Andrade, um menino de 13 anos chamado Flávio Henrique, morreu na tarde desta sexta-feira (10) no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O menino estava internado desde o dia 3 de maio quando o ex-companheiro da sua mãe a matou e depois ateou fogo nele e na mãe, irmã da mulher em Altos, a 37 km de Teresina.

Helioene foi morta a facadas no local do crime. Já as outras vítimas foram resgatadas. O menino ficou internado durante sete dias no HUT em estado grave, sua avó e tia continuam no hospital. O menino não era filho do suspeito pelo crime.

Manifestação

Um grupo de mulheres realizou, nesta sexta-feira (10), um protesto pedindo justiça pelo assassinato da dona de casa Helioene de Andrade, morta a facadas pelo ex-companheiro, em 3 de maio deste ano, em Altos, a 37 km de Teresina. A mãe e a irmã da vítima foram queimados pelo autor do crime e estão internadas.

O ato foi organizado por um movimento de defesa das mulheres, "Altos por Elas", e contou com a participação de defensoras populares e estudantes da rede estadual de educação. A caminhada começou às 7h30, na Estação Ferroviária da cidade, e encerrou com uma manifestação em frente ao Fórum Desembargador Odorico Rosa.

Prisão decretada

A Justiça decretou, em 5 de março, a prisão preventiva de Marcos Fortes de Sousa o homem suspeito de matar Helioene e atear fogo no filho, na mãe e na irmã dela.

Ele não está preso, contudo, porque está internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Com a decisão judicial pela prisão preventiva, caso ele receba alta do hospital, deve ser levado para uma penitenciária (a não ser que haja decisão judicial contrária).

Estado de saúde

Conforme o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) informou ao g1 nesta sexta (10), Marcos Fortes de Sousa continua em estado grave, em coma induzido e respirando por aparelhos.

Marcos foi internado na última sexta (3), dia do crime, com ferimentos no corpo e queimaduras nos braços e pernas.

  • a mãe, Maria do Desterro Mota Pinheiro, 84 anos, sofreu queimaduras menos graves e está consciente, mas ainda sem previsão de alta.
  • a irmã, Joana de Andrade Pinheiro, 57 anos, sofreu queimaduras menos graves e está consciente, mas não tem previsão de alta.

O crime

Conforme a família da vítima, Helioene conheceu Marcos logo depois de terminar o primeiro casamento, e os dois ficaram juntos por algum tempo, mas ela quis terminar a relação, o que o homem não aceitava.

Após várias tentativas de retomar o relacionamento, conforme o delegado André Moreno, titular da delegacia de Altos, o homem invadiu a casa da ex-mulher na noite de sexta (3), os dois brigaram e ele matou Helioene com golpes de faca no pescoço.

Em seguida, ele jogou gasolina e ateou fogo às outras três pessoas que estavam na casa: a mãe, a irmã e o filho da ex-mulher, um garoto que não era filho do suspeito. Marcos também ficou com queimaduras. A casa da vítima ficou parcialmente destruída pelo incêndio.

Todos foram encaminhados para o Hospital de Urgência de Teresina. A prisão preventiva do suspeito foi decretada.

Histórico de violência

A família, amigos e vizinhos de Helioene lamentaram profundamente a tragédia ocorrida. Entre os relatos, aqueles que conheciam a dinâmica do casal contaram que já haviam pedido até para que Helioene deixasse a casa onde morava, pois Marcos estava se mostrando violento. O tio da vítima, Antônio Francisco Viana, pediu justiça.

"Quando a gente vê nas redes sociais, de fora, a gente acha que nunca passa pela gente, mas você estando perto hoje sabe contar o que se passa em uma família dessa forma. Ele ta vivo, mas destruiu uma família. Matou a ex-mulher, jogou gasolina na sogra, na cunhada, no filho da ex-mulher. Que justiça seja feita como tem que ser, não como ele fez", declarou.

Ele completou, comentando o aspecto machista envolvido neste tipo de crime. "Se a sua parceira não lhe quer mais, converse, siga seu rumo e ela segue o dela. Porque ele acabou a vida dele também, quando sair do hospital, vai pro presídio, quando cair na real, vai ter que motivo para viver?", disse.

Fonte/Créditos: g1 Piauí

Créditos (Imagem de capa): Foto: Ilanna Serena/g1

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